Origem Da Raça Quarto De Milha


Wimpy, o cavalo americano que foi precursor da raça.
Origem

A raça Quarto de Milha foi a primeira a ser desenvolvida na América, numa base formada pelo cruzamento de reprodutores e éguas oriundos da Arábia/Turquia e Inglaterra, respectivamente, trazidos por colonizadores a partir do ano de 1600, daí resultando a produção de cavalos compactos, fortes e velozes em curta distância, servindo para trabalhar com o gado, puxar carroças e disputar corridas, estas realizadas nas ruas das vilas que tinham em média 402m de extensão, o que corresponde a ¼ de milha (1600 m), originando o nome da raça.
Todavia, com relação à fundação do Quarto de Milha, publicação mais recente da Western Horseman Inc., em artigo de abertura do livro das "Legendas", escrito por Jim Goodhue, que trabalhou 33 anos na American Quarter Horse Association (AQHA), sendo 11 anos no Departamento de Performance e 22 no Registro, dá uma versão historicamente mais consistente, embora, bastante assemelhada com a descrita no parágrafo anterior, dividida em duas etapas, antes e depois de serem conhecidas as linhagens sanguíneas:

De sangue desconhecido

A base inicial foi formada, em grande parte, por
cruzamentos extensivos entre os cavalos Mustangs e
os trazidos pelos Espanhóis (Árabes e Barbos) que
se espalharam pelo Sudoeste Americano.

De sangue conhecido

A partir da base anterior, foram realizados cruzamentos
entre as raças Árabe e Morgan, em pequena quantidade
comparativamente com a esmagadora maioria de
Puro Sangue Inglês ou seus descendentes, estes então
famosos e já chamados de Quarto de Milha, mesmo sem
registro como, por exemplo, Traveler, Peter McCue,
Steeldust, etc.

Assim, preocupados com a preservação da raça,
registros e dados dos cavalos, criadores americanos e
mexicanos fundaram, em 15 de Março de 1940, a
American Quarter Horse Association (AQHA), em
College Station, Texas, transferindo-a em 1946 para
Amarillo, Texas, onde se encontra até hoje.

Em 1941, foi registrado o primeiro cavalo por essa
Associação, WIMPY (Solis x Panda), nascido em 1937, na
Fazenda King Ranch - Texas, que juntamente com
KING (Zantanon x Jabalina), nascido em 1932, e
LEO (Joe Reed II x Little Fanny), nascido em 1940, e THREE BARS (TB - Percentage x Myrtle Dee), nascido em 1940, compuseram a base mais importante para formação da raça Quarto de Milha.

Na linhagem de Trabalho as fêmeas que mais se destacaram para a formação da raça foram POCO LENA (Poco Bueno x Sheilwin), nascida em 1949, mãe do extraordinário DOC O´LENA e PEPPY BELLE (Pep Up x Belle Burnett) mãe de MR SAN PEPPY e PEPPY SAN.


chega da raça NO BRASIL


Tudo começou em 1955, quando a Swift-King Ranch (SKR) importou seis animais dos EUA para o Brasil. Entre eles veio Saltilo Jr., com a finalidade de melhorar os animais das fazendas que a empresa possuía no estado de São Paulo. Posteriormente, a SKR importou mais seis animais, com a mesma finalidade, sempre de sua matriz norte-americana, a famosa King-Ranch, no Texas, a maior fazenda dos EUA. À medida que vários pecuaristas, banqueiros e homens de negócios tiveram a oportunidade de conhecer os animais Quarto de Milha, começaram a pressionar a SKR para que lhes vendessem alguns exemplares. A companhia atendeu a poucos criadores, vendendo um número reduzido de potros. Entre os primeiros compradores estavam Washington Junqueira Franco, Carlos Eduardo Quartim Barbosa, José Oswaldo Junqueira e Francisco Carlos Furquim Correia, de Araçatuba (SP), o grande divulgador da raça.
A pressão dos interessados aumentou muito junto à SKR. Até que, em maio de 1968, em Presidente Prudente, a Companhia realizou seu primeiro leilão, levando a remate, sob o martelo de Trajano Silva, quatro potros puros e sete mestiços. Os puros leiloados foram: Clarim Brasil, Barravento, Comandante Brasil e Cacareco Brasil, adquiridos respectivamente por Francisco C, Furqium Correia, José Macário Perez Pria, Roberto Reichert e Heraldo Pessoa. O remate foi um sucesso e o marco inicial da disseminação da raça no Brasil.
Em 15 de agosto de 1969, foi fundada a Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Quarto de Milha, ABQM, no Parque da Água Branca, em São Paulo, mas a sede foi transferida para Bauru, no escritório de Heraldo Pessoa, sendo o primeiro presidente José Eugênio Resende Barbosa, tendo posteriormente retornado ao mesmo local de sua fundação, onde permanece até hoje.
O primeiro animal registrado na ABQM foi Caracolito, nascido em 10 de março de 1957, no Texas (EUA), filho de Caracol, por Winpy. Importado pela Swift King Ranch, serviu 9 éguas na temporada e 139 em toda a sua vida reprodutiva, gerando produtos puros e mestiços, morrendo em 17 de setembro de 1974.
Hoje o plantel brasileiro é composto de cerca de 283 mil animais registrados, sendo 76 mil puros, 199 mil mestiços e 5 mil cruzados/brasileiros, com 33 mil proprietários e criadores cadastrados, conforme números do Stud Book da ABQM.
Clique para aumentar Clique para diminuir

Pelagem Oficial
O Regulamento exige que todo cruzamento entre pais alazães só pode originar produtos alazães, e um produto para ser tordilho, deve ter um de seus pais tordilho. Nas pelagens descritas não foram considerados os membros que podem apresentar calçamentos, que são áreas de pêlos brancos, localizadas.
Assim, os calçamentos podem variar em altura e forma, aparecendo em um ou mais membros.
O padrão racial estabelecido para o Quarto de Milha permite que as áreas de pêlos brancos localizados pelo corpo não ultrapassem a 10cm² (dez centímetros quadrados). Para os membros anteriores os calçamentos não podem ultrapassar a uma linha média imaginária traçada no joelho; para os membros posteriores a linha que limita o calçamento é traçada na altura da ponta do jarrete. Para a cabeça os limites estabelecidos por linhas traçadas do meio da inserção da orelha até o canto da boca e na parte inferior na linha do músculo masseter (linha do cabresto).
Os animais Puros e Mestiços que apresentarem sinais zootécnicos que ultrapassarem os limites estabelecidos pelo padrão racial, serão registrados de acordo com o que rege o artigo 45

.

Alazão

É a pelagem em que o pêlo do corpo, crina, cauda e membros apresentam a mesma tonalidade.



Alazão Tostado

É a pelagem em que a tonalidade é homogênea, semelhante à borra do café. A crina, cauda e mombros apresentam a mesma tonalidade do resto do corpo. Esta pelagem pode ser confundida com o preto o zaino quando, ao sol, apresenta reflexos para o vermelho.


Baio

O animal apresenta a pelagem de fundo preta ou alazão e tem que apresentar lista de burro ao longo do dorso, iniciando-se nas cruzes e terminando na inserção da cauda, podendo ter as extremidades e cauda da mesma cor do corpo.


Baio Amarilho

É aquela de tom creme ou amarelo outro, apresentando a crina e a cauda obrigatoriamente brancas e os membros com a mesma tonalidade do corpo.



Lobuno

É a pelagem acinzentada ou esfumaçada e que, por esse motivo, é também conhecida como pêlo de rato e deve apresentar as extremidades pretas.



Clique para aumentar Clique para diminuir

Preto

É a pelagem em que o pêlo do corpo, crina, cauda e membros apresentam a mesma tonalidade.


Rosilho

É a pelagem báica castanha ou alazão, com grande infiltração de pêlos brancos pelo corpo, com incidência maior nos flancos e virilhas. A distribuição dos pêlos pelo corpo poderá ser homogênea, mas a cabeça e as extremidades mantêm a pelagem básica alazão ou castanha. Seu aparecimento se caracteriza póstero-anterior, ou seja, de trás para frente e também por ser observada com maior intensidade nas partes posteriores do corpo.

Clique para aumentar Clique para diminuir

Tordilho

É a pelagem que apresenta a cor básica, com infilração progressiva de pêlos brancos e de uma maneira homogênea em todo o corpo. Esta pelagem se caracteriza pelo seu aparecimento a partir do 3º ou 4º mês de idade do potro e sempre em sentido ântero-posterior, ou seja, da cabeça para o corpo, mais especificamente nos olhos, bochechas e parte interna das orelhas e, mais tarde pelo corpo todo.
A pelagem tordilha, por ser de caratér genético é dominante. Para ser apresentada em um animal, pelo menos um de seus pais tem que ser de pelagem tordilha a diferença marcante entre a pelagem TORDILHA com a ROSILHA é que a TORDILHA tem uma distribuição homogênea pêlos brancos, enquanto que na ROSILHA, a incidência dos pêlos brancos é maior em algumas regiões do corpo e não se apresenta na cabeça, exceção feita à determinadas áreas como estrelas, listras e manchas. Outro detalhe deve ser lembrado com relação a peagem tordilha: o fato de um ou ambros os pais de um produtor ser tordilho não implica que o animal tenha que apresentar essa pelagem.


Zaino

É a pelagem em que pêlos pretos e castanhos se entreiam, dando uma tonalidade geral escura, com regiões como bochechas, axilas, flancos e virilhas com tonalidade amareladas, bem mais claras que as demais partes do corpo.

StumbleDiggTechnoratiRedditDelicious

Comentários